Pequenos enganos, grandes começos

 De First Expressions a Minimal Expressions / Maximal Statements: um percurso do gesto à síntese, entre Novembro e Dezembro.

O início de uma linguagem que ainda está a reinventar-se.


“A arte também vive de acasos — e às vezes o calendário decide por nós.”

O Restaurante Galeria publicou o cartaz da minha exposição First Expressions.
Tudo certo — quase. Só falhou um detalhe: o mês.

A mostra muda em dezembro, não em novembro.
Mas até esse pequeno engano acabou por fazer sentido — porque, no fundo, deu-me oportunidade para falar já do que aí vem a seguir…

First Expressions reúne as minhas primeiras incursões no Expressionismo Abstrato — gestos instintivos, cor crua, energia a descobrir-se.
Agora, em dezembro, chega Minimal Expressions / Maximal Statements, onde esses impulsos amadurecem, ganham contenção e respiração.

Entre uma e outra, há um percurso: da explosão à síntese, do gesto à estrutura, da urgência ao silêncio.
É a mesma linguagem, mas dita com outro fôlego.

👉 Conclusão de café: às vezes, até os enganos do calendário ajudam a contar a história certa.


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Entre silêncio e pigmento

Um regresso breve: o ateliê falou mais alto e o silêncio serviu para criar.

Depois do barulho, fica o silêncio do ateliê.

“Há momentos em que o silêncio é a única forma de trabalhar.” — HMad

Já há algum tempo que não escrevia por aqui. Mea culpa.
Mas às vezes o ateliê fala mais alto — e o blog, coitado, tem de esperar a sua vez na fila.

O trabalho para as exposições acabou por se multiplicar: uma em novembro, outra em dezembro.
Duas frentes, dois ritmos, e o mesmo par de mãos a tentar dar conta do recado.

Entre telas, cor e café frio, o tempo simplesmente evaporou-se.
Mas é bom sinal: significa que a matéria ganhou vida, que o silêncio serviu para criar.

👉 Conclusão de café: não estive ausente — estive ocupado a preparar o barulho certo.

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