As Cores Que Brigam Entre Si
"As cores, como as características, seguem-se umas às outras pela oposição."
— Vincent van Gogh
A teoria da cor é clara. Fala-nos de cores complementares, de harmonia e de contrastes que se equilibram. Tudo muito bonito.
O coração do artista, esse, é outra coisa.
Há cores que, no papel, são uma dupla de sonho. Mas na tela, são como dois primos numa festa de família que se evitam mutuamente. O amarelo-limão acha o roxo demasiado dramático. O verde acha o vermelho uma vedeta insuportável.
E depois há o maior drama de todos: o azul e o laranja. A teoria diz que são complementares, o casal perfeito. A realidade na tela? É uma discussão de casais em directo. Um quer ser o céu sereno, o outro quer ser o pôr-do-sol explosivo. E no meio fica o pobre artista a tentar fazer de conselheiro matrimonial.
No final, a tela é a verdadeira terapia. É onde as cores se podem dar ao luxo de se odiar, de gritarem uma com a outra, e onde essa briga, pasma-te, cria a coisa mais bela de todas: a vida.
👉 Conclusão de café: Na tela, como na vida, as melhores histórias vêm sempre dos conflitos mais coloridos.